Boa tarde, amigos
Já pararam pra pensar qual a culpa de Eloá nessa história?
Será que realmente não existem motivos que justifiquem atos impensados?
Não estou questionando o desfecho. Só quero discutir psicologicamente o caso.
É muito simplório afirmar que ele sofria de algum distúrbio mental.
Perceberam que até a mãe da menina sempre falou bem do cara? Sem contar os amigos e familiares.
Por tudo isso, a grande questão que a imprensa deveria abordar, que talvez me ajudasse a compreender e amadurecer mais sobre atitudes como essa, seria: qual a responsabilidade de Eloá na formação psicológica de Lindembergue?
Minha opinião eu manifesto nos comentários.
Um abraço a todos,
Salve, simpatia!
Murilo Netto
Irmão, veja. Entendo seu ponto-de-vista quando afirma que Eloá teve alguma influência na personalidade do Lindemberg. Concordo. A psicologia diz (desculpem não referenciar, mas não entendo dos jargões da área) que numa relação amorosa cada parte se investe de papéis distintos que, somados, convergem - ou deveriam convergir - para o equílibrio. Uma balança de pequenas diferenças que traz, por exemplo, um homem mais tolerante de um lado e uma esposa mais ciumenta de outro. Ou uma esposa menos propensa a rompantes de raiva, mais apaziguadora, e um marido um pouco mais estourado. E por aí vai. E muitas vezes, para se chegar ao equilíbrio, é preciso que cada vértice pode seus extremos mais nocivos.
ResponderExcluirBem, desconhecemos a relação de Eloá e Lindemberg. É possível que ele tivesse freqüentes ataques de ciúmes, como dizem, porque ela incomodasse o namorado com uma exposição excessiva? É. Montes de coisas mais poderiam estar rolando.
Mas mesmo que fosse assim, que por conta de conflitos como esse a relação tenha se esgarçado e "Liso" jamais conseguido se reerguer do fim do namoro, não consigo enxergar nesses elementos sequer parciais ponderações para 1) cárcere privado; 2) agressão e 3) homícidio doloso qualificado (para ficar só nas contravenções relacionadas à namorada). Lindemberg tinha, sim, distúrbios emocionais, da ordem da rejeição, relacionados a uma má-assimilação da perda, o nome que for que a psicologia dá para esse padrão, que só se manifestaram na sua forma mais absoluta e primitiva quando ele se viu privado do que mais amava. Desesperado, cego pela emoção, partiu para medidas extremas.
Perdas fazem parte da vida. Da qual também fazem parte namoradas difíceis, maridos ciumentos, cônjuges adúlteros. Voltaríamos a época das trevas da caverna de Platão se meramente relativizássemos atos tais que ferem o estado democrático de direito, a moralidade, as leis e a liberdade individual, um bem i-na-li-e-ná-vel. Crimes.
Sei que você não está justificando o ato do Lindemberg pelos motivos que ele alegava ter. Você questiona se não é simplista demais dizer que ele possui distúrbios emocionais. É, é simplista mesmo. É um pouco reducionista também. Mas no fim das contas, é a mais inescapável verdade.
Beijo nas crianças.
Mesmo afirmando que sabe que eu não estava tentando achar uma justificativa, seu comentário se dirigiu mais ao tipo resposta que estamos culturalmente acostumados a enxergar esse tipo de caso.
ResponderExcluirMais ou menos aquele negócio: Violência tira a razão de qualquer coisa.. etc
A minha idéia é apenas promover uma reflexão: Será que a Eloá teve culpa no cartório?
O cara não conseguir segurar a onda é outra história. Ponto.
Mas e se foram as atitudes delas que acabaram desembocando nisso??
Freud disse, em sua primeira teoria, que os grandes episósios é que marcam a vida. Muitos outros autores acabaram discordando dele. Eu também não concordo. Acredito que construímos nosso caráter dia a dia, em nosso cotidiano, ou seja, se o Lindembergue é hoje o que é, ele é muito da personalidade da Eloá.